Com recuo no financiamento imobiliário em três meses, setor espera recuperar perdas ainda em 2023
Em março, 1.418 unidades foram adquiridas por meio de financiamento, somando R$ 345,3 milhões em operações
O mercado imobiliário cearense iniciou o ano de 2023 com queda no financiamento de imóveis, mas já começa a ensaiar uma recuperação. Em março, 1.418 unidades foram adquiridas por meio de financiamento, somando R$ 345,3 milhões em operações.
O número de imóveis representa um aumento de 125% em relação a fevereiro, quando foram financiadas apenas 630 unidades, e de 46% em relação a março do ano passado (971 imóveis).
Os dados são da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
O monitoramento ainda mostra que, no acumulado do primeiro trimestre, o Ceará registrou uma queda de 13,35% no número de unidades financiadas, que passou de 3.220 em 2022 para 2.790 este ano.
No mesmo sentido, o valor financiado apresentou retração de 30,22% ao sair de R$ 734,3 milhões para R$ 512,35 milhões.
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon), Patriolino Dias, pontua que a baixa no desempenho nesses primeiros meses do ano é algo natural do setor e da economia de forma geral.
O empresário pontua que a procura continua persistente e que esses números devem se recuperar já nos próximos meses e permanecer em alta no restante do ano.
Financiamento Imobiliário no Ceará
Nos três primeiros meses de 2023, número de imóveis financiados reduziu, mas valor das operações aumentou
“A gente tem uma grande demanda persistente, porque tivemos um ciclo de poucos lançamentos entre 2015 e 2019. No segundo semestre de 2020 é que isso foi revertido e tivemos um número robusto de lançamentos em 2021 e 2022”, afirma.
Dessa forma, Dias explica que os anos de 2023 e 2024 ainda devem ser de procura crescendo no financiamento imobiliário, já que é exatamente a janela em que os empreendimentos lançados entre 2020 e 2022 estarão sendo entregues.
O próprio ritmo de lançamentos deve continuar em alta, segundo o presidente do Sinduscon, já que o estoque de imóveis disponíveis continua diminuindo.
Sobre o patamar elevado da taxa de juros, Dias admite que atrapalha um pouco as vendas, mas que o sistema financeiro da habitação tem o founding da poupança, o que diminui esse impacto.
“O mercado imobiliário no Ceará está muito sadio e o financiamento ainda vai ter resultados crescentes até o ano que vem”, afirma.
Fonte: Diário do Nordeste